Um dos maiores líderes do movimento negro, o pastor Martin Luther King foi assassinado em 4 de abril de 1968, em um quarto de hotel na cidade de Memphis, nos Estados Unidos. Segundo historiadores, cinquenta anos depois de sua morte, seu legado ainda ecoa pelo país em uma herança de luta contra o racismo e as injustiças.
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Segundo Machado, movimentos “como o Black Lives Matter tentam falar com mais pluralidade do que Luther King e Malcom X, que eram conservadores em certos sentidos”. “O Black Lives Matter pensa em novas maneiras de combater o racismo à luz do século 21”, afirma.
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Para professora da USP, legado de Luther King foi “incorporado e revisto, para melhor”, pelos movimentos atuais
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Para a historiadora, a luta desses movimentos é essencial no atual momento político norte-americano, onde existem grupos de extrema-direita que ganham força, enquanto que, “nas instituições e nas propagandas, o racismo está enraizado no inconsciente”.
O doutorando em História e Culturas Políticas pela UFMG Bruno Vinicius de Moraes, que também participou do debate, compartilha da visão da professora e evidencia uma tentativa de “esvaziar” o discurso de Luther King ao longo da história.
“A ideia da integração entre negros e brancos nos Estados Unidos é fajuta e nós temos visto há anos que isso não tem dado certo”, afirma o historiador.
Segundo Moraes, “as reinvindicações de Luther King foram esvaziadas pela história hegemônica, levando em conta apenas a luta pelo direito ao voto”.