As relações comerciais entre o Brasil e os Estados Unidos vão parar muitas vezes na OMC (Organização Mundial do Comércio) por divergências na imposição de barreiras tributárias e elevados impostos. Mas, na reunião desta segunda-feira (09/04) entre os presidentes Dilma Rousseff e o norte-americano Barack Obama as tensões ficarão de lado devido ao reconhecimento da cachaça como produto tipicamente brasileiro, facilitando sua exportação para os EUA.
Obtida pela destilação do caldo de cana-de-açúcar fermentado, a cachaça é tradicionalmente usada na elaboração da caipirinha, que virou marca do Brasil no exterior. No país, são produzidos por ano cerca de 1,5 bilhão de litros de cachaça – a maioria em destilarias e uma parte de fabricação artesanal, em pequenos alambiques. São mais de 30 mil produtores e 5 mil marcas.
Paralelamente, Obama e Dilma negociarão acordos sobre aviação e comunicações. Também foi solucionada a pendência sobre o suco de laranja, pois os norte-americanos vetaram a entrada do produto brasileiro no país. No entanto, após a interferência da OMC, os EUA aceitaram rever suas leis.
Estarão ainda em discussão acordos sobre a carne suína e a lei agrícola. O mercado dos EUA se abriu para a carne suína de Santa Catarina, e os negociadores tentam ampliar a parceria para que a certificação beneficie outras áreas. As discussões sobre a nova lei agrícola norte-americana são acompanhadas pelos negociadores brasileiros, pois isso pode causar impacto nas exportações nacionais.
No ano passado, os EUA foram o segundo principal parceiro comercial brasileiro, depois da China. De 2007 a 2011, o intercâmbio comercial brasileiro com o país cresceu 37%, passando de 44 bilhões para 60 bilhões de dólares.
De janeiro a fevereiro de 2012, o intercâmbio comercial dos EUA com o Brasil aumentou em 20% em relação ao mesmo período de 2011, passando de 7,9 bilhões para 9,5 bilhões de dólares. As exportações brasileiras cresceram em 38% e as importações, 6% no mesmo período.
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