Foto: hyku, sob licença Creative Commons
O ator e escritor Mike Daisey tem cativado audiências nos Estados Unidos com seu espetáculo “The agony and the ecstasy of Steve Jobs” (“A agonia e o êxtase de Steve Jobs”), em que ele comenta as obsessões do ex-CEO da Apple, a luxúria consumista por iPods, iPhones e iPads e seu custo humano, simbolizado especialmente pelos trabalhadores das instalações chinesas da Foxconn Technology. A empresa é o maior empregador da China, e suas fábricas no país e no resto do mundo produzem aproximadamente 40% de todos os aparelhos eletrônicos do planeta.
Enquanto pesquisava para seu monólogo, Daisey esteve na China e visitou a maior fábrica da empresa, a Foxconn City, na cidade de Shenzhen, que emprega cerca de 250 mil pessoas. “Quando você pensar em um futuro em que toda a regulamentação foi eliminada e as corporações estão finalmente livres para fazer o que bem entenderem, não precisa sonhar com uma distopia futurista no estilo de Blade Runner ou 1984. É só ir até Shenzhen – é assim que eles estão fazendo suas porcarias eletrônicas hoje”, diz Daisey.
O espetáculo tem chamado a atenção para os absurdos das condições trabalhistas na Foxconn, tema de outra matéria aqui no site da Revista Samuel. O artigo da revista online Salon questiona se Daisey e seu monólogo poderiam fazer a empresa mudar suas práticas de produção. Segundo um ex-executivo da empresa, “os fornecedores mudariam tudo amanhã se a Apple dissesse que eles não tem escolha”.
O texto completo, em inglês, pode ser lido no site da revista online Salon.
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