Imagem do jogo “Unmanned“. Divulgação
Em “Unmanned“, o jogador vive um dia na vida de um piloto de drones – os “unmanned aerial vehicles”, ou “veículos aéreos não-tripulados”. De sua “cabine” no deserto do Nevada, nos Estados Unidos, o piloto controla os drones que sobrevoam Paquistão, Afeganistão e Somália, entre outros países. Na pele do piloto, você acorda de um sonho estranho, faz a barba, dirige até o trabalho; lá você flerta com a sua co-piloto, decide se mata ou não um terrorista, faz uma pausa para o cigarro e uma ligação para a sua esposa.
O jogo é mais um lançamento da Molleindustria, capitaneada pelo artista e gamedesigner italiano Paolo Pedercini. Entre seus títulos, estão “Phone Story“, “um jogo educativo sobre os custos sociais dos seus gadgets”, “Leaky World“, “uma interpretação interativa do artigo 'Conspiracy as Governance', de Julian Assange”, e “Operation: Pedopriest“, em que o jogador deve controlar as operações do Vaticano para esconder os casos de pedofilia na Igreja.
A empresa se posiciona contra a “ditadura do entretenimento” nos games, e afirma pretender uma discussão séria sobre as implicações políticas e sociais dos jogos eletrônicos. “Não odeie a mídia, torne-se a mídia” – slogan dos protestos antiglobalização em Seattle, em 1999 – é o lema da empresa.
Mas segundo o blog da London Review of Books, a ideia de “Unmanned” não é tão original: em 2010, o Comando de Educação e Treinamento do Exército dos EUA anunciou que estava desenvolvendo um “simulador de drones” para “estimular os recrutas a considerar a carreira de piloto de veículos aéreos não-tripulados”.
Leia o texto completo, em inglês, no blog da LRB.
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