Jantar em comunidade muçulmana. Foto Beth Rankin
O banco de horas, uma iniciativa que promove a autonomia das comunidades, é também uma maneira de resistir a uma economia em frangalhos e pode ser encarado como uma solução local contra a crise.
O site do The Solutions Journal relata que hoje há bancos de horas oficialmente estabelecidos em 300 comunidades em 22 países, que permitem que indivíduos ofereçam e recebam serviços sem necessidade de usar dinheiro. Os “correntistas” passam uma hora fazendo algum serviço para alguém em sua comunidade e em troca recebem uma hora de crédito, que será paga na próxima oportunidade. Em geral, os serviços prestados são simples, como cozinhar, cuidar de crianças ou idosos e oferecer transporte, mas também podem ser mais elaborados, como um médico que oferece uma consulta.
Os membros do banco de horas da cidade de Portland, inaugurado em 1997, já trocaram mais de 150 mil horas de serviços, incluindo 25 mil horas de assistência médica. A iniciativa permite que famílias e indivíduos em dificuldades financeiras recebam serviços por que eles não teriam condições de pagar em dinheiro.
Segundo o artigo, estes programas são parte de um movimento social para estabelecer e fortalecer as comunidades locais: “bancos de horas são uma oportunidade de construir relacionamentos, promovendo e investindo no bem comum. Criar comunidades sustentáveis requer uma mudança no foco, do capital financeiro para o capital social, e os bancos de horas dão espaço para esta mudança.”
Leia o artigo original, em inglês, no site do The Solutions Journal.
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