Imagem via Tablet Magazine
Sabe aquele momento do dia em que você sente aquela vontade de ouvir um discurso de Mussolini ou ler sobre as mulheres que passaram pela vida de Hitler? Pois é, se você tem um iPhone, seus problemas acabaram. A jornalista Lea Zeltserman, da Tablet Magazine, comenta sobre aplicativos disponíveis na loja da Apple que apresentam biografias, discursos, hinos e legado de ditadores.
A jornalista chama a atenção para o fato de que o iPhone tem status “cult” para a geração da Web 2.0 e do Facebook, portanto “não são velhos nostálgicos e historiadores” que estão baixando os aplicativos; “são adolescentes e jovens adultos que gastam tempo e dinheiro na internet, e é por aí que eles se informam”. O interessante é que três destes aplicativos foram criados pelo mesmo desenvolvedor, o italiano Luigi Marino. O primeiro a ser lançado, em 2010, foi iMussolini, que causou grande polêmica na Itália e chegou a ser o segundo app mais popular no país, chegando a mil downloads por dia. Para aplacar os ânimos, o programador em seguida desenvolveu o iGandhi, para depois atacar com Hitler (assim mesmo, sem “i”, já que o nome sugerido pelo autor não foi aprovado pela Apple) e iStalin. Seu produto mais recente é o app iSilvio!, que tira um sarro com o ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi. Além destes, há também Muamar Kadafi e seu Livro Verde no aplicativo The Green Book by Gaddafi, uma versão interativa da obra que condensa as ideias do ex-ditador líbio morto em 2011.
Além disso, Zeltserman acredita que estes apps levantam “desconfortáveis questões sobre nossa relação com a Nave-Mãe Apple – a empresa que cada vez mais substitui, ou media, nossos espaços públicos e transações diárias mundanas. Quando se instala a controvérsia, somos constrangedoramente lembrados que somos consumidores, e não cidadãos.” A Apple baniu aplicativos sobre o Dalai Lama e a ativista pelos direitos humanos Rebiya Kadeer na China, a pedido do governo do país.
Leia o artigo completo, em inglês, no site da Tablet Magazine.
Assine a revista Samuel. Apoie a imprensa independente.
NULL
NULL