Estudantes de cinco escolas técnicas e regulares da cidade de Buenos Aires ocuparam nesta segunda-feira (17/09) seus colégios como forma de protesto contra a reforma curricular proposta pelo governo municipal. No início desta tarde, após horas de assembleias, já são dez as instituições mobilizadas.
Um debate sobre o plano de luta dos estudantes começou pela noite e prosseguiu pela manhã com diversas assembleias. Os estudantes se opõem a alterações em suas cargas horárias e grades curriculares. A previsão é de que essas reformas sejam instituídas a partir de março de 2013, quando os novos títulos poderão ter validade nacional.
Foi no último mês de maio que o Ministério da Educação de Buenos Aires começou a se reunir com representantes de escolas técnicas para projetar reformas. Já ali surgiram as primeira tensões entre estudantes e governo. Os novos desdobramentos começaram nesta segunda-feira, após a reunião de diversos delegados com o ministro da Educação de Buenos Aires, Esteban Bullrich.
Lucía Frasco, membro do centro de estudantes do Colégio Mariano Acosta, disse à Télam que essas mudanças “afetariam todas escolas, mas, especialmente, aquelas onde há especializações como física, matemática ou comunicação social”.
“Em primeiro lugar, queremos a suspensão das mudanças curriculares feitas pelo governo da cidade, porque não fomos consultados para isso e porque a reforma deve acontecer com a participação de docentes e estudantes”, alegou Catalina, estudante do Colégio Técnico Fernando Fader, do bairro de Flores.
“Entre as reformas que querem impor às [escolas] técnicas sem escutar os estudantes está a supressão do turno da noite, o que dificultaria muito, já que muitos jovens trabalham e estudam”, explicou Juan, estudante da escola técnica 35 de Monte Castro.
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