Imagem via deltafrut
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) concluiu as estimativas de emissão por desmatamento na Amazônia em 2012. De acordo com o sistema INPE-EM, foram emitidas 352 MtonCO2/ano (milhões de toneladas de dióxido de carbono), o que representa queda de 16% nas emissões em relação a 2011.
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Os dados foram calculados a partir dos resultados do PRODES 2012, Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal, que estimou 4.665 km2 de corte raso na Amazônia Legal no último período de medição, entre agosto de 2011 e julho de 2012. É a menor taxa desde que o INPE começou a medi-la, em 1988.
O atual cálculo das emissões também revela a redução de 64% em relação aos valores estimados para 2004, ano em foram desmatados quase 28 mil km2 na Amazônia Legal.
Desenvolvido por pesquisadores do Centro de Ciência do Sistema Terrestre (CCST), em parceria com a Coordenação de Observação da Terra (OBT) e o Centro Regional da Amazônia (CRA), além de instituições colaboradoras nacionais e internacionais, o INPE-EM gera resultados a partir dos dados do PRODES, sistema baseado no monitoramento de satélites do próprio INPE que calcula o quanto a Amazônia perde de floresta primária a cada ano.
Cerca de metade da biomassa florestal é composta por carbono, que é liberado na forma CO2 pelas queimadas, desmatamentos ou outras alterações no uso da terra. A velocidade da transferência de CO2 para a atmosfera está relacionada às causas do desmatamento – exploração madeireira, estabelecimento de pastagens para pecuária, agricultura mecanizada de larga escala, agricultura familiar, etc.
Os resultados do INPE-EM são imprescindíveis para quantificar os impactos da perda da floresta para o balanço global de gases na atmosfera, assim como para monitorar os efeitos de ações para reduzir as emissões.
Os dados estão disponíveis na página http://inpe-em.ccst.inpe.br/.
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