Com sua voz grave e potente, Emílio Santiago revalorizou a figura do crooner e se destacou como um dos mais importantes intérpretes da música popular brasileira. O cantor morreu nesta quarta-feira (20/3), semanas após sofrer um AVC. Ele estava internado em um hospital no Rio de Janeiro.
Emílio Santiago é um exemplo de sucesso iniciado em programa de calouros. Quando estudava Direito, na década de 1970, ele participou de um quadro no programa de Flávio Cavalcanti, na TV Tupi. Em 1973, lançou o primeiro compacto, com as canções “Transa de Amor” e “Saravá Nega”, e nunca mais parou. O primeiro LP veio dois anos depois, com canções de compositores consagrados como Ivan Lins, João Donato, Jorge Benjor e Nelson Cavaquinho, entre outros.
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Em 1985, Emilio Santiago venceu como melhor intérprete o Festival dos Festivais, da TV Globo, com a canção “Elis Elis”. Três anos mais tarde, conheceria o grande sucesso de público com o álbum Aquarela Brasileira. Ele inaugurou uma série que rendeu outros seis volumes de mesmo nome, dedicados exclusivamente ao repertório de música brasileira. Vendeu mais de 4 milhões de cópias.
Também gravou tributos a artistas como Dick Farney e regravou clássicos da Bossa Nova e do bolero hispânico. E emplacou sucessos como “Saygon”, “Lembra de Mim” e “Verdade Chinesa”. Ao todo, foram 31 álbuns, incluindo o último, Só Danço Samba (ao vivo), gravado e lançado em 2012, em CD e DVD [cujo um trecho você assiste abaixo].
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