Com a greve de matrimônios, a Green Street Church, na Carolina do Norte, também cutuca a posição da Igreja Metodista nos EUA sobre homossexuais
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Enquanto no Brasil a polêmica envolvendo o deputado e pastor Marco Feliciano como presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados não se resolve, nos Estados Unidos uma igreja decidiu suspender todos os matrimônios héteros até que o estado da Carolina do Norte aprove a lei que torna legal o casamento gay.
“Nós, líderes da Green Street Chuch, enxergamos casais do mesmo sexo como plenamente merecedores do Matrimônio Sagrado. Rejeitamos qualquer noção que os considere cidadãos de segunda-classe no Reino de Deus”, afirmou a igreja metodista da cidade de Winston-Salem.
No comunicado divulgado à imprensa, a igreja declarou que qualquer tipo de casal disposto a comprometer-se um com o outro precisa de uma comunidade de fé que suporte a relação. Assim, a união homoafetiva não pode ser vista como “menos sagrada”.
“Enquanto a nossa nação luta para promover o reconhecimento legal de relações entre pessoas do mesmo sexo, providenciando a eles privilégios já garantidos a pessoas do sexo oposto, a nossa congregação também batalha para superar o pecado que é reservar somente aos heterossexuais os privilégios do sacramento”, continua a Green Street Church. [leia aqui a íntegra do comunicado]
“Isso é apenas parte de quem somos nós como igreja”, afirma Katherine Skarbek, uma das líderes da Green Street Church. “Somos uma comunidade de portas abertas. Quem quiser chegar e cultuar conosco é bem-vindo.”
Como afirma o site norte-americano Salon, a posição progressista dessa igreja não é um protesto apenas contra o banimento do casamento gay no estado. A congregação também volta-se contra a corrente religiosa à qual pertence, a United Methodist Church. Pois, segundo a doutrina oficial, a homossexualidade é considerada “incompatível com os ensinamentos cristãos”.
Pastor Feliciano
No Brasil, o imbróglio envolvendo o pastor Feliciano deve seguir até terça-feira (26/3), data considerada limite pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). O deputado chamou a situação de “insustentável” e disse que tomará uma decisão definitiva.
Por meio de redes sociais, manifestantes estão organizando um “beijaço de repúdio” à nomeação de Feliciano — que já vem enfrentando pressão de movimentos sociais nas sessões da comissão, na Câmara. O ato “O amor contra o ódio: Feliciano NÃO!” manifesta indignação contra a presença do deputado do PSC-SP à frente da comissão, em função de declarações e posições homofóbicas e racistas dadas no passado.
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