Quatro soldados da Polícia Militar de São Paulo, montados em motocicletas invadiram o Teatro de Arena Eugênio Kusnet, localizado na região central de São Paulo, e espancaram três adolescentes que se escondiam da repressão contra os participantes de um ato de protesto pacífico realizado na última quarta-feira (09/12) contra a reorganização – e o fechamento de escolas – do ensino público proposta pelo governado Geraldo Alckmin (PSDB).
“A gente estava aqui quando a PM veio perseguindo três jovens, entrou com motocicleta dentro do teatro, que é uma instituição federal, foi até a bilheteria e espancou os meninos”, relatou o diretor musical do Núcleo Bartolomeu de Depoimentos, Eugênio Lima, que dava aula no local quando ocorreu a invasão.
Jornalistas Livres
Coletivo Jornalistas Livres flagrou momento em que polícia atirau bombas de efeito moral e gás lacrimogênio em direção aos manifestantes
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Em nota, a Funarte (Fundação Nacional de Artes) reiterou o relator de Eugênio e afirmou que “os policiais retiraram à força os jovens de dentro da bilheteria do teatro, sem ordem de prisão, nem qualquer tentativa de manutenção da ordem – apenas com agressões aos adolescentes.”
Reprodução/ Facebook
Imagem de jovem ferido foi compartilhada pelo ator Paulo Goya em seu Facebook com críticas à ação da PM
“A Funarte repudia essa ação arbitrária e violenta, que fere os direitos previstos na Constituição Federal, no Estatuto da Criança e do Adolescente e, principalmente, o Estado Democrático de Direito. Em defesa da memória do Teatro de Arena e de todos os artistas que fizeram desse espaço palco da luta insubmissa e revolucionária contra a ditadura militar, a Funarte e o Ministério da Cultura, gestores do teatro, exigem esclarecimentos do Governo do Estado de São Paulo sobre o episódio”, diz em nota.
O ministro de Cultura, Juca Ferreira, afirmou nesta quinta-feira (10/12) que está “chocado com a atuação da polícia”, e solicitou esclarecimentos ao governo Alckmin sobre o caso.
Veja o momento em que a polícia ataca os estudantes:
Texto publicado originalmente pela Rede Brasil Atual